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JIMINY SELF-HELP HANDBOOK 6
Os líderes e os executivos empáticos dão-se bem com pessoas de origens e culturas muito diferentes
e podem expressar as suas ideias de formas que as outras pessoas compreendem. Por exemplo,
adequam-se melhor a missões no estrangeiro, pois podem adaptar-se às normas comportamentais
dessa cultura. Executivos com empatia elevada são mais competentes em manter os trabalhadores
empenhados. E trabalhadores com empatia proporcionam aos clientes uma melhor experiência.
Pesquisas relevantes desenvolvidas no Center for Creative Leadership levaram à conclusão de que a
empatia resulta num melhor desempenho profissional para gestores e líderes.
Mas a empatia vai muito além da vida profissional. Fomentar a empatia é importante porque ajuda a
resolver conflitos e a melhorar a ligação entre as pessoas. Paralelamente, possibilita uma consciência
de maior amplitude e a uma maior abertura a novas perspetivas.
A investigação tem demonstrado que ser empático leva à resolução de conflitos e a uma maior ligação
entre indivíduos (Davis & Oathout,1987; Long, Angera, Carter, Nakamoto & Kalso, 1999). A empatia
conduz, também, a uma consciência mais ampla (Rogers, 1982).
Finalmente, a literatura confirma que a promoção da empatia é importante porque reduz o bullying,
o preconceito e o racismo e aumenta efetivamente a vontade dos indivíduos de ajudar os outros
(Dixon, 2011; Gordon, 2012; Davis, 1980; Eisenberg & Miller, 1987). Em suma, a empatia é um tijolo
fundamental para se construir uma sociedade melhor.
O desenvolvimento das três etapas da empatia e as suas fronteiras
Empatia cognitiva – refere-se à capacidade de saber como as pessoas se sentem e o que estão a
pensar. Utilizar apenas a empatia cognitiva pode fazer com que uma pessoa se desprenda, seja fria e
mostre indiferença em vez de se preocupar, pois tenta compreender a situação de outra pessoa sem
interiorizar as suas próprias emoções. Como capacidade essencialmente racional, intelectual e
emocionalmente neutra, algumas pessoas podem utilizá-la para fins negativos, tal como manipular
pessoas que são emocionalmente vulneráveis.
Empatia emocional – refere-se à capacidade de sentir fisicamente o que os outros sentem, de criar
um eco do estado dos outros nas nossas mentes. A só existência de empatia emocional pode levar à
incapacidade de gerir as nossas próprias emoções, causar exaustão psicológica e, muitas vezes,
paralisar-nos e impedir que sejamos capazes de agir.
Empatia compassiva – refere-se à capacidade não apenas de compreender a situação difícil de uma
pessoa, mas também de agir e ajudar, o que trará algum tipo de alívio, conforto ou confiança na
melhoria. A empatia compassiva por si só pode levar as pessoas a sentirem-se culpadas ou a olharem
negativamente para si próprias se não forem capazes de ajudar a pessoa que atravessa a situação
difícil.