Page 5 - 1.2_PT
P. 5
JIMINY SELF-HELP HANDBOOK 5
1. A inteligência emocional inicia-se com a autoconsciência. A saúde e a qualidade das relações
dependem da profundidade e da precisão da autoconsciência. A autoconsciência é essencial à
autoconfiança, que é essencial à confiança nos outros.
2. Contudo, a autoconsciência é pouco útil sem autogestão. Por exemplo, muitos alcoólicos sabem
que têm um problema com a bebida, mas não têm a autogestão necessária para controlar os seus
padrões de consumo.
3. Depois, surge a sensibilização social, que requer autoconsciência e autogestão. A nossa visão dos
outros — a nossa sensibilização social — é de fato vista através do filtro da nossa autoconsciência
e da nossa capacidade de nos gerirmos a nós próprios.
4. E, finalmente, as nossas capacidades de gestão de relações, a nossa capacidade de criar e manter
relações duradouras e gratificantes, que depende totalmente da nossa autoconsciência,
autogestão e consciência social.
2. 1. Sensibilização social
A sensibilização social refere-se à capacidade de perceber a perspetiva dos outros e de empatizar com
os mesmos. Deve ser construída a partir do ambiente familiar e evoluir ao longo dos anos, quando
entramos no sistema educativo, onde encontramos pessoas de diversas origens e culturas e
precisamos de compreender as normas sociais e éticas de comportamento. A sensibilização social é
essencial na vida adulta, após a saída do sistema educativo, e é crucial para um comportamento
apropriado na sala de formação, o contribuindo para um ambiente propício à aprendizagem. No que
se refere ao local de trabalho. é definida enquanto fator importante para o sucesso dos trabalhadores.
Um inquérito recente a empregadores, conduzido pela Partnership for 21 Century Skills, demonstra
st
que quatro das cinco competências mais importantes para formados com o ensino secundário que
entram no mercado de trabalho estão associadas à sensibilização social: profissionalismo, colaboração,
comunicação e responsabilidade social. Em geral, em qualquer tipo de situação, seja profissional ou
pessoal, o sucesso e o bem-estar dependem largamente da forma como gerimos e comunicamos com
as pessoas. E tal centra-se em torno das aptidões e competências que constroem uma forte
sensibilização social.
2.1.1. O que é a empatia
Empatia é compreender os outros, as suas emoções, as suas perspetivas. É aprender a “lê-los”, ouvindo
ativamente o que dizem — tanto as suas palavras, como os sinais não verbais. É mostrar compreensão
e apreço pelas opiniões ou questões dos outros e compreender onde começam e acabam os limites
emocionais.
A empatia não é apenas a competência nuclear no domínio da sensibilização social. É também o centro
da gestão de relações da inteligência emocional e a base para competências mais complexas de gestão
de relações, incluindo influenciar outras pessoas ou ter um impacto positivo, orientá-las, gerir
conflitos, inspirá-las enquanto líder e promover o trabalho de equipa.
É fácil, no local de trabalho, apontar casos em que as competências de empatia são inexistentes. O
exemplo clássico é o brilhante analista de sistemas de uma empresa tecnológica que pode resolver o
mais complexo dos problemas, mas que não reúne competências para comunicar com outras pessoas
sem as insultar. Assim, é facilmente compreensível que a empatia é importante para trabalhar
eficazmente com outras pessoas, especialmente em vendas e gestão de clientes, em equipas e na
liderança.