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JIMINY SELF-HELP HANDBOOK   21


               2. 3.   Planeamento da ação

               A crise relacionada com a pandemia de Covid-19 e o rápido avanço da automatização na produção
               contribuiu, infelizmente, aumentar o número de desempregados e de pessoas à procura de emprego.
               É neste domínio que as competências da inteligência emocional desempenham papéis-chave.
               Para  os  desempregados,  pessoas  pouco  qualificadas  e  desfavorecidos,  torna-se  necessário  ter
               presentes dois aspetos.

               Para os desempregados, a investigação indica que a inteligência emocional é importante em tempos
               difíceis. Um estudo relacionado com a inteligência emocional associado à saúde mental, saúde física,
               e  risco  de  suicídio  em  indivíduos  desempregados  de  curta  e  de  longa  duração  evidenciou  que  a
               inteligência  emocional  estava  positivamente  associada  à  saúde  mental  e  física  e  negativamente
               associada à perceção de stress e ao risco de suicídio.

               Paralelamente, a automatização e a inteligência artificial tornarão obsoletos milhares de empregos
               repetitivos/mecânicos  e  as  necessidades  previsíveis  de  mão-de-obra  correspondem  a  posições
               relacionadas com a interação humana. Neste domínio, as pessoas competentes ao nível da inteligência
               emocional terão melhores hipóteses de conseguir um emprego.

               Para quem se encontra em organizações de apoio aos desempregados (formadores, assistentes sociais,
               etc.), a investigação indica que a melhoria da empatia através da formação dos trabalhadores melhora
               os serviços que uma organização oferece. Por outras palavras, investir na formação em inteligência
               emocional  e  não  apenas  em  competências  técnicas  é  importante  para  o  bem-estar  das  nossas
               sociedades.

               De  modo  que  possa  ser  sugerido  um  Plano  de  Ação  para  melhorar  a  inteligência  emocional  de
               formadores e formandos do projeto JIMINY, precisamos de reter algumas caraterísticas essenciais dos
               planos de ação:

               •  baseiam-se,  inicialmente,  num  entendimento,  numa  observação,  numa  métrica  (como  um
                   inquérito), numa lógica que nos mostra a necessidade de programar uma intervenção para mudar
                   algo ou manter uma atividade que se revele bem-sucedida;
               •  a intervenção deve ter um alvo claro, um objetivo a atingir;
               •  deve programar-se a concretização de um conjunto de ações, geralmente divididas em etapas,
                   cada uma das quais com objetivos e resultados definidos;
               •  devem ser sinalizadas as pessoas responsáveis pela sua realização;
               •  deve ser definido um cronograma;
               •  deve ser feita uma descrição dos fatores de sucesso, visando perceber quando se é bem-sucedido;
               •  a forma como o sucesso ou progresso vai ser mensurado ou avaliado deve igualmente constar no
                   plano de ação.

                      2.3.1.  Planeamento da ação para os formadores
               Embora  acreditemos  que  os  formadores  já  tenham  um  determinado  nível  de  competência,
               autoconsciência e formação, é certo que existe margem para melhorar, como indicado nas respostas
               ao  inquérito  anteriormente  realizado  neste  projeto.  O  planeamento  para  o  autoaperfeiçoamento
               inclui a autoavaliação, a formação e a aplicação das competências, tal como detalhado de seguida.

               Autoavaliação
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