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JIMINY SELF-HELP HANDBOOK   24


               real, construir e melhorar a inteligência emocional na nossa vida pessoal ou no ambiente de trabalho
               é um processo contínuo.

                      2.3.2.  Planeamento da ação para os formandos
               Avaliação

               Tal como com os formadores e qualquer outro grupo ou indivíduo, precisamos primeiro de avaliar o
               nível dos formandos. A organização e o grupo de pessoas a que normalmente se dirige podem ajudar-
               nos a conceber melhor as intervenções, através de conhecimentos anteriores que foram recolhidos da
               experiência  internacional  nos  grupos  específicos.  Por  exemplo,  os  jovens  desempregados  pouco
               qualificados têm caraterísticas diferentes dos trabalhadores mais velhos que ficam desempregados
               devido aos avanços na automatização, pelo que se espera que tenham algumas lacunas diferentes que
               precisam de ser corrigidas em conformidade.

               As  ferramentas  de  avaliação e métricas mencionadas  anteriormente  são  aplicadas  aos  formandos
               JIMINY. Se, por exemplo, o nível de alfabetização de um grupo for bastante reduzido, a realização de
               testes escritos e longos questionários pode afastá-los mais, não se revelando a metodologia mais
               adequada.

               Embora  esta  seja  uma  fase  de  avaliação,  o  funcionamento  é  idêntico  à  fase  de  validação  de
               competências que será discutida mais tarde neste manual. Veremos que as pessoas que reúnem a
               maioria dos seus conhecimentos ao longo da sua vida fora do sistema educativo formal sentem-se
               stressadas numa prova teórica escrita. Para  estas, a observação em “condições reais”, como uma
               simulação, ou uma entrevista são mais adequadas e mais justas. De acordo com o anteriormente
               exposto, entrevistas ou discussões estruturadas ou não estruturadas podem revelar-se uma forma
               mais fácil de recolher informações e encontrar ou certificar as lacunas dos formandos e devem ser
               abordadas na fase relativa às ações.
               Para essa tarefa, estão disponíveis vários conjuntos de perguntas de múltiplas fontes, dependendo da
               experiência  do  entrevistador  e  da  profundidade  que  necessita  no  exame  do  nível  de  IE/QE  do
               formando.

               As seis perguntas seguintes foram identificadas por Karla Cook, editora e chefe de equipa na HubSpot
               Marketing, como algumas das melhores perguntas para obter um indicador de IE/QE (Cook, 2017):

                   1.  Pode falar-me de uma situação em que tentou fazer algo e falhou?
                   2.  Fale-me de uma situação em que tenha recebido feedback negativo do seu chefe. Como é que
                      isso o fez sentir?
                   3.  Pode falar-me de um conflito no trabalho que o tenha feito sentir frustrado?
                   4.  Fale-me de um passatempo que gosta de realizar fora do trabalho. Pode ensinar-me algo sobre
                      o mesmo?
                   5.  O que diriam os seus colegas de trabalho sobre o que é mais gratificante em trabalhar consigo?
                      E o mais desafiante?
                   6.  Pode falar-me de uma altura em que precisou de pedir ajuda para um projeto?

               Planeamento das intervenções
               Quaisquer que sejam as técnicas que utilizamos para avaliar a situação e estabelecer os objetivos da
               intervenção, a experiência e a literatura mostram que a abordagem de áreas-chave como a escuta
               ativa, a compreensão de expressões e estados de espírito, a resolução de conflitos, entre outros,
               beneficiará fortemente os formandos JIMINY. Tal pode ajudar-nos a ser proativos na preparação dos
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