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JIMINY SELF-HELP HANDBOOK 9
Neste ponto, é crucial compreender que nem todas as decisões são iguais e que as podemos
diferenciar em duas dimensões: importância e urgência. Uma decisão importante é aquela que tem o
potencial de ter um impacto significativo no nosso negócio ou na vida de uma pessoa. Uma decisão
urgente é uma decisão que temos de tomar imediatamente e não há tempo para mais considerações.
Voltando ao passo 1, temos de considerar estas duas dimensões em conjunto e agir em conformidade.
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Com base nos conselhos dados por dois empreendedores e pequenos consultores empresariais , eis
os quatro tipos de decisões, dependendo da sua importância e urgência, e a forma de as abordar:
a) Nem urgente, nem importante: se uma decisão não for urgente nem importante, podemos não
precisar de a tomar ou outra opção é delegar a outros (tais decisões proporcionam uma oportunidade
para um gestor subordinado refletir sobre como pensar sobre a tomada de decisões). Devemos resistir
à tentação de nos concentrarmos em itens que podemos verificar rapidamente quando existem outras
decisões mais importantes e urgentes que necessitam de atenção. Contudo, não devemos atrasar a
decisão até que esta se torne urgente.
b) Urgente, mas não importante: quando uma decisão não é importante, não há necessidade de a
analisar em demasia. Em alguns casos, o custo do tempo gasto na análise de uma decisão pode exceder
o custo de tomar uma decisão errada. Este tipo de decisões pode ser facilmente tomado, quer
seguindo o nosso “instinto”, como empreendedores experientes, quer utilizando diretrizes e princípios
padrão alinhados com os valores da organização (ou ambos).
c) Urgente e importante: deixadas por tratar, muitas decisões podem mais tarde ser incluídas nesta
categoria e não devemos deixar que tal aconteça. Contudo, devemos ter cuidado com a falsa urgência.
Muitas decisões que são retratadas como urgentes não o são. Por conseguinte, não devemos ser
pressionados a tomar uma decisão importante sem uma consideração cuidadosa quando não temos
de o fazer. Uma boa ideia é considerar se podemos tomar medidas para ganhar mais tempo para tomar
esta decisão importante. Manter opções em aberto que nos permitam flexibilidade mais tarde e
consultar especialistas pode levar-nos na direção certa para prosseguir.
d) Importante, mas não urgente: a resolução de problemas complexos requer a colocação de uma
série de questões que, na maioria das vezes, são relativamente fáceis de responder. Quando
enfrentamos uma grande decisão, não devemos ser ultrapassados pelas emoções. O que precisamos
de descobrir é “O que quero que aconteça a seguir” e “O que tenho de fazer para maximizar a
probabilidade para que ocorra”. Para decisões que são importantes, mas não urgentes, é por vezes útil
utilizar ferramentas de tomada de decisão (por exemplo, análise marginal, análise SWOT/Forças -
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Fraquezas - Oportunidades - Ameaças, Matriz de Decisão, etc. ) ou procurar o conselho de peritos.
Por último, mas não menos importante, “viver com a sua decisão antes de a executar”, ou seja, tomar
uma decisão e refletir sobre a mesma antes de a concretizar.
10 White, Doug e Polly (2015, 11 de agosto), “The 4 Types of Decisions, and How to Approach Each One”,
Entrepreneur, disponível online em https://www.entrepreneur.com/article/248988
11 iDashboards “4 Ferramentas & Estratégias para uma Melhor Tomada de Decisão”, disponível online em
https://www.idashboards.com/blog/2019/04/10/4-tools-strategies-for-enhanced-decision-making