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JIMINY SELF-HELP HANDBOOK 9
é normal para a interação entre formadores e formandos, formandos entre si ou para o acesso a
percursos de aprendizagem abrangentes através de uma plataforma. A este respeito, qualquer
conteúdo educacional que seja publicado num Ambiente Virtual de Aprendizagem é um
conteúdo/recurso digital. Mas este tipo de ambiente também promove a organização de círculos de
aprendizagem online, avaliações ou a apresentação de recursos, entre outros.
No caso em que o recurso digital (ou ambiente de aprendizagem) é tornado público e pode ser
adaptado ou reutilizado por outros sem limitações, chamamos-lhe um Recurso Educativo Aberto. A
UNESCO define Recurso Educativo Aberto (REA) como sendo: “materiais de ensino, aprendizagem e
investigação em qualquer meio — digital ou outro - que residam no domínio público ou que tenham
sido lançados sob uma licença livre que permita o acesso, utilização, adaptação e redistribuição sem
custos por outros sem restrições ou com restrições limitadas”. As plataformas educacionais abertas
são um importante meio de apoio não só para formadores, procurando ferramentas online para as
suas formações, mas também para qualquer formando. Devido ao facto de serem livres, um maior
número de formando irá beneficiar da sua utilização. O JIMINY Personal Trainer é um exemplo de um
Recurso Educacional Aberto.
Embora a Internet disponibilize um conjunto muito significativo de plataformas online prontas, pode
ter a iniciativa de criar a sua própria plataforma de aprendizagem com material especialmente
adaptado às necessidades e expetativas do seu público-alvo. Para este efeito, pode escolher entre
algumas plataformas, incluindo o Moodle, o Kahoot! Ou o Google Classroom.
No entanto, como em muitas soluções relacionadas com a tecnologia, a criação de REA também impõe
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certos obstáculos aos indivíduos, que podem incluir ():
1. Falta de tempo e competências: com fracas competências na utilização das TIC, este tempo é
difícil de definir. Para os académicos, esta é ainda uma tarefa adicional em ambientes de
ensino tradicionais (escolas), pelo que o desenvolvimento dos REA ocorre após as horas de
trabalho;
2. Uma cultura pedagógica rígida, com pouca inovação: os REA não se enquadram no currículo
tradicional de formação, ainda considerado pela maioria dos sistemas educativos como um
complemento ao processo de ensino;
3. Falta de um sistema de recompensa pela produção de REA: os REA não são creditados como
uma publicação para documentar no percurso e carreira profissional.
É por isso que a requalificação é crucial. O já citado Quadro Europeu para a Competência Digital dos
Educadores pela Comissão Europeia, também conhecido como DigiCompEdu, revela-se bastante útil
neste domínio. Visa promover e ajudar no desenvolvimento das competências digitais dos profissionais
da educação para depois estarem mais bem preparados para apoiar os seus alunos e formandos,
também em termos de inclusão. Compreende as competências profissionais e pedagógicas do
formador, assim como as competências dos formandos. No contexto destas competências, o foco é
colocado no envolvimento profissional, recursos digitais, avaliação, ensino e aprendizagem,
capacitando os formandos e facilitando as suas competências digitais. Paralelamente, introduz um
modelo de progressão para ajudar educadores e formadores no desenvolvimento da sua competência
digital (do recém-chegado ao pioneiro - a última fase significa estar equipado não só com os
conhecimentos, mas também pronto a desenvolver práticas digitais).
1 Open educational resources: conversations in cyberspace, Organização das Nações Unidas para a Educação,
Ciência e Cultura, 2009. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000181682